terça-feira, 18 de março de 2008

Uefa Champions League



















Me peguei pensando agora: “será que existe um campeonato melhor que a Liga dos Campeões?”

Sempre que assisto aos jogos, me sinto satisfeito por ver tão belas partidas. Sempre muito bem disputadas, bem jogadas e com muitos craques de nacionalidades diferentes.

Me lembro de jogos inesquecíveis como a final entre Milan e Liverpool em 2005. O jogo que parecia decidido se arrastou até uma virada espetacular do time inglês.

Agora, porque é difícil encontrarmos partidas ruins em um campeonato com muitos times de nível técnico baixo? Acho que sei a resposta: MOTIVAÇÃO.

Um time que tem a chance de jogar contra os maiores clubes do mundo, também não irá deixar escapar a chance de vencer esses times. É mesmo muito diferente essa competição.

Na competição desse ano, as surpresas são o Schalke 04 (Alemanha) e o Fenerbach (Turquia, time de Alex, Zico e companhia). Não acredito que eles possam ir muito longe, já que o Schalke 04 enfrenta o Barcelona e o Fenerbach encara o Chelsea.

Outro ponto forte das Quartas-de-final da Liga é a presença de quatro times ingleses: Chelsea, Arsenal, Manchester United e Liverpool. Desses quatro times acredito mais no Liverpool, pela história e por ser um time que sabe jogar essa competição (é pentacampeão).

Da Itália, o único sobrevivente é a Roma, que irá enfrentar o Manchester (no ultimo confronto entro os dois times nas quartas-de-final os ingleses golearam).

Da Espanha vem um Barcelona decadente, sem Messi, e com seus outros craques em má fase, mas mesmo nessas condições ainda pode vencer o modesto Schalke 04.

As maiores expectativas para a próxima fase da Liga ficam no confronto inglês, Arsenal e Liverpool. Os times vivem situações diferentes na Liga nacional, Arsenal alterna a liderança e a vice, o Liverpool não consegue alcançar os lideres e vem tendo seguidos tropeços.

No fim das contas: O bicho vai pegar!

segunda-feira, 10 de março de 2008

Saudades do Guilherme Matador...


“Guilherme de Cássio Alves, mexe, remexe, estremece, enlouquece a massa alvinegra aqui no Mineirão. Guilherme, esse cara tem o dom!! Guilherme, sabe que é de caixa que ela gosta!!!”

Que saudade de ouvir isso na Itatiaia. GGG, Guilherme goleador galã. Com certeza o maior centroavante dos últimos 10 anos que esteve no Atlético.

Tudo bem. Admito que ela era chato e prepotente. Mas ele sempre resolvia nossos problemas no ataque. Teve suas fases apagadas e nos encantou no Brasileirão de 99.

Vocês podem dizer que ele foi o que foi por ter jogado com Marques. Concordo em algumas partes, porque ele sempre foi matador, o Marques que facilitava seu trabalho exacerbadamente.

Um momento que não me esqueço dele no Atlético, aconteceu nas quartas de final do Brasileirão de 1999.

O Atlético enfrentava seu arqui-rival, que tinha um time recheado de estrelas e posava como um clube grande que tinha infra-estrutura. O time do Atlético era considerado um milagre, pois era candidato ao rebaixamento antes do campeonato começar.

Na primeira partida o Galo havia vencido por 4 a 2. No domingo seguinte, no final da segunda partida, o jogo estava empatado em 2 a 2, quando Adriano cobrou a falta para dentro da área, a bola passou por todos, inclusive do goleiro André, e lá estava lá, Guilherme matador, que coloca a bola nas redes com o coração (na verdade ela bateu no peito dele e entrou). Mais uma vez, GGG enlouquece a massa e despacha o Cruzeiro, que havia se classificado como líder do campeonato.

Depois de 1999, Guilherme alternou bons e maus momentos no Atlético. Até a sua saída em 2002.

Em 2002 teve uma boa passagem no Corinthians, voltou em 2003 logo após sua chegada. Voltou a Minas em 2004 para jogar pelo Cruzeiro. Nessa passagem pelo Cruzeiro, GGG teve uma atitude que abalou sua história no Atlético. Ao marcar um gol no clássico, Guilherme mostrou a camisa da maior torcida organizada do Cruzeiro, e fez gestos obscenos para a torcida atleticana. Isso manchou sua imagem com a torcida.

Na minha opinião, com toda humildade, acho que ele defendeu a camisa que vestia, porque quando esteve no Atlético também fazia gestos para os cruzeirenses.

Depois de sair do Cruzeiro, Guilherme teve uma passagem apagada pelo Botafogo e hoje é diretor do Marília – SP, onde sua carreira começou.

Tirando os pormenores, Guilherme sempre vai ser lembrado como um grande goleador alvinegro, já que está entre os 10 maiores que já vestiram a camisa do glorioso.

PS: esse texto foi escrito levando em consideração a vida futebolística de Guilherme. Acontecimentos extra-campo foram ignorados por mim, já que esse Blog é sobre futebol.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Tragédias Fenomenais


Cruzamento na área, ele sobe, cai, e pode não se levantar mais. O que aconteceu com Ronaldo Fenômeno, com toda certeza do mundo, foi lamentável. Os seus joelhos, que tantas outras vezes o impulsionaram para a glória, mais uma vez o levam à clinica cirúrgica em Paris.
Agora os sensacionalistas dizem: “O fim de Ronaldo”. Blasfêmia! Ele voltará! Anotem isso!

Acontecimento assim não são excepcionais no futebol. Vejamos o caso de Tostão.
Após ser atingido por uma bolada no rosto, o craque celeste sofre com o deslocamento da retina de seu olho. Os sensacionalistas disseram: “Ele não volta mais”. A resposta: a Copa de 1970 no México. Jogando fora de posição, como centroavante, Tostão foi eternizado em nossas memórias. Somente anos depois, mesmo assim muito jovem, Tostão abandonou os palcos da bola para se dedicar à medicina.

José Reinaldo Lima, o rei da massa do galo. Sempre foi um gênio, imbatível para os maiores zagueiros, e endeusado pela opinião popular. Por ter habilidades inigualáveis com a bola nos pés, sofria com a violência dos menos favorecidos (de habilidades claro!). Sofreu com seguidas contusões nos joelhos, e consequentemente teve que encerrar sua carreira antes dos 30 anos.

O caso de Denner é diferente. Um moleque recém saído da base da Portuguesa de desportos, que, com a maior facilidade, deixava as defesas enlouquecidas, se valorizava cada dia mais, conseguiu o que queria. Se transferir para um grande clube, o Vasco da Gama. Por uma trama dos Deuses, o destino de Dener era morrer em um acidente automobilístico. “Assim tu quer, assim será”.

Citando esses casos, de jogadores em particular, não podemos nos esquecer dos acidentes aéreos com os times do Torino (o maior time do mundo na época) e do Manchester United (onde parte da maior geração que os ingleses viram, morreu).

Casos como esses servem de exemplo para os grandes jogadores de hoje. Hoje podemos ser os maiores, amanha, em apenas um lance, frações de segundo, tudo pode acabar. A vida prega peças, não seria diferente no futebol.

PS: Aos médicos do Barcelona: Cuidem desse garoto Messi! Ele é caçado, e as contusões musculares tornam-se crônicas. Salvem esse grande jogador!

quinta-feira, 6 de março de 2008

A mecânica que espremeu a laranja

Uma das maiores revoluções táticas que o futebol moderno viu foi a proporcionada pela seleção holandesa da década de 70. Um time de quem quase ninguém tinha ouvido falar foi duas vezes finalista de copa do mundo sendo nas duas oportunidades derrotada pelos anfitriões, Alemanha (1974) e Argentina (1978).

“Laranja Mecânica” ou “Carrossel Holandês”, aquele time surpreendeu o mundo com um esquema tático no qual ninguém guardava posição, atacando em bloco e defendendo em bloco.

Dessa forma encantou o mundo vencendo e dando espetáculo, mas não foi campeão. Talvez tenha sido essa a razão desse esquema revolucionário não ter vingado. Num mundo onde o resultado prevalece sobre a qualidade, o futebol espetáculo da Holanda de Cruyff não sobreviveu e se encerrou com o fim daquela geração, sendo que nenhum outro técnico ousou copiar tal esquema, a não ser poucas exceções como a “Dinamáquina” de 1986 e o “Carrossel Caipira”, do Mogi Mirim, de1992. Entretanto esquemas como a retranca da Itália de 1982, e o jogo aéreo da Alemanha de 1990, se perpetuaram por gerações.

Se o futebol fosse só espetáculo ou se aquele espetáculo tivesse rendido resultados lucrativos, talvez presenciaríamos uma realidade diferente no futebol de hoje.




A pedido de meu grande amigo Brunão, aqui está seu texto publicado na íntegra!