quinta-feira, 6 de março de 2008

A mecânica que espremeu a laranja

Uma das maiores revoluções táticas que o futebol moderno viu foi a proporcionada pela seleção holandesa da década de 70. Um time de quem quase ninguém tinha ouvido falar foi duas vezes finalista de copa do mundo sendo nas duas oportunidades derrotada pelos anfitriões, Alemanha (1974) e Argentina (1978).

“Laranja Mecânica” ou “Carrossel Holandês”, aquele time surpreendeu o mundo com um esquema tático no qual ninguém guardava posição, atacando em bloco e defendendo em bloco.

Dessa forma encantou o mundo vencendo e dando espetáculo, mas não foi campeão. Talvez tenha sido essa a razão desse esquema revolucionário não ter vingado. Num mundo onde o resultado prevalece sobre a qualidade, o futebol espetáculo da Holanda de Cruyff não sobreviveu e se encerrou com o fim daquela geração, sendo que nenhum outro técnico ousou copiar tal esquema, a não ser poucas exceções como a “Dinamáquina” de 1986 e o “Carrossel Caipira”, do Mogi Mirim, de1992. Entretanto esquemas como a retranca da Itália de 1982, e o jogo aéreo da Alemanha de 1990, se perpetuaram por gerações.

Se o futebol fosse só espetáculo ou se aquele espetáculo tivesse rendido resultados lucrativos, talvez presenciaríamos uma realidade diferente no futebol de hoje.




A pedido de meu grande amigo Brunão, aqui está seu texto publicado na íntegra!

Um comentário:

  1. Sei lá...
    Talvez se a Holanda tivesse ganhado em 74 e 78, hj o futebol ñ seria nem d perto o esporte mais pipular do mundo...
    A "Laranja Mecânica" só deu certo pq os jogadores q atuvam eram craques, todos, to-dos!
    E hj, a oferta de craques como aqueles é tão escassa que ñ forma um time.
    Acho q hj o "Carrossel holandês" é um esquema tático só pra relembrarmos em nossas conversas nostálgicas sobre o futebol que nossos pais e avôs acompanharam pelo rádio.

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