Opa!
O dia 22 de Maio de 2003, exatamente 6 anos atrás, foi um dia em que não me esquecerei jamais.
Voltando um pouco antes dessa data, em 1998, me lembro de um dia muito bacana. Não me recordarei da data específica, mas foi um dia de Grêmio x Atlético no Olímpico.
Estava acompanhando este jogo ao lado do meu pai, em casa, e nesse dia vencemos os tricolores por 3 a 2, de virada. Nesse dia, eu me recordo que tive a minha primeira aula de futebol. Meu pai me explicava as jogadas, as táticas e me falava sobre os jogadores. Eu tinha 11 anos.
Desse dia em diante, eu passei a me interessar bastante sobre futebol, antes disso eu era torcedor e, como toda criança e muito marmanjo por aí, era muito passional.
Meu pai assistia aos jogos comigo e me explicava tudo. A paixão nasceu daí, de ver o amor que ele tinha pelo futebol brilhar em seus olhos passar para mim.
Outra data que me recordo muito dele, foi em uma quarta feira, final do Brasileiro de 1999. O Galo precisava vencer o Corinthians para ser campeão, mas a bola não entrava no gol de Dida. Aos 35' do segundo tempo comecei a chorar, tinha 12 anos. No final ele me abraçou e falou que um dia a gente ia ganhar e que eu não chorasse mais. Eu não consegui parar.
Tivemos outras aulas, seja vendo jogos profissionais ou em campeonatos amadores da minha cidade. Aprendi muito com ele sobre futebol, mesmo que esse muito não seja tanto assim.
Vimos juntos a vitória nos penaltis sobre o Atlético PR na Libertadores 2000, o dilúvio em São Caetano do Sul em 2001 e muitos outros jogos. Sempre com ele me ensinando a ler o jogo.
Ele me contava histórias de quando ele era ponta esquerda, dos seus gols antológicos, que muitos outros confirmaram terem visto, e muito sobre a história do futebol que ele acompanhou. Uma das que mais ouvi foi a da noite de 17 de Dezembro de 1971, a noite em que o Galo foi campeão do Brasil.
Tivemos problemas, mas nada que nos abalasse.
Aí veio o dia 22 de Maio de 2003. O dia em que uma doença causada pelo alcoolismo tirou meu pai, ou melhor, meu mestre de mim.
A lembrança de todas essas passagens voltam muito fortes nesse dia. Sou muito grato a ele, por tudo o que aprendi e por toda a paixão pelo futebol que ele depositou em mim.
Obrigado por tudo, Mestre!
Abraços!
Show de bola!
ResponderExcluirBelas palavras cara. Que o sr. Ciroca descanse em paz.
ResponderExcluir"No final ele me abraçou e falou que um dia a gente ia ganhar e que eu não chorasse mais."(...)
Lembraremos do seu pai qdo o Galo doido for campeão brasileiro. E não tá mto longe!!
que belo, cara. que belo...
ResponderExcluirXique demais.
ResponderExcluirMuito doido msm Ciroca.
Seu pai merece uma homenagem dessas.
A todos,
ResponderExcluirMuito obrigado pessoal. Acho que esse foi um dos textos mais difíceis que já escrevi.
Muito Obrigado mesmo!
Abraços!